Compartilhar a felicidade pode ser um risco, pois a inveja tem o sono leve. A prosperidade alheia nem sempre é bem recebida por aqueles que, mesmo sem perceber, conseguem sugar as energias dos outros. Na ânsia de desejar exatamente as mesmas coisas, o invejoso sente-se engolido pelas próprias frustrações e, dessa forma, vai alimentando o rancor que feito veneno corre nas veias.
A inveja desperta a inferioridade, que ao assistir as realizações daqueles que tanto lutam para alcançar os seus objetivos faz com que o invejoso beba na fonte do desespero libertando o ódio que, como erva daninha, se alastra. O sucesso de alguns faz com que outros se sintam pequenos diante da grandeza do que lutou e conquistou o que desejava. Aquele que preferiu se diminuir não acompanhou a trajetória do que venceu na vida, só presenciou a vitória, preferiu se resumir às sombras ao invés de buscar a plenitude.
Existem tipos de inveja, têm pessoas que ao serem tomadas por este sentimento procuram caminhos que as motivam a despertar o melhor de si para que possam conquistar os seus objetivos sem precisar assistir a ruína de alguém. O problema é quando a inveja é maligna, junto com ela chega um turbilhão de falsas emoções que são péssimos combustíveis para o pulsar do coração.
A inveja pode formar uma corrente de energias negativas, a pessoa que carrega este sentimento nem percebe, mas acaba sendo sufocada por ele. Além de fazer mal para os outros intoxica a alma. Por isso é indispensável encontrar formas para lidar com ela, buscar renascer antes de se perder dentro do próprio ser.
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