Você já deve ter passado horas conversando com alguém, buscando resgatar a pessoa do lamaçal de dificuldades em que se encontra. Na hora, tudo fica bem, aquele que escuta concorda com o que fala. Um sentimento de mudança chega com timidez, porém tudo entra por um ouvido e sai pelo outro.
Não adianta gastar conversa se não existe compreensão. Nem sempre o diálogo basta, afinal de contas a pessoa pode estar ali de corpo presente, balançando a cabeça afirmando que sim, enquanto as pupilas dilatam um não. Somos tão apegados à voz que esquecemos das outras formas de se comunicar. Nos contentamos em escutar palavras, muitas vezes, sem nem questionar se são falsas ou verdadeiras.
A compreensão não pode ser rasa, isso limita os sentidos fazendo com a gente perca a sensibilidade de perceber os detalhes. Compreender abre caminhos para entendimentos profundos capazes de fazerem o ser humano escutar sem ficar colocando o dedo na ferida do sofrimento alheio. Para isso, é necessário ter a alma e o coração livres de preconceitos. Se esvaziar para poder se preencher assimilando com clareza não somente a palavra dita, mas também ao silêncio.
A compreensão traz no cerne a empatia que abre portas libertando aqueles que por algum motivo não são aceitos ou admirados. A partir do momento em que compreendemos as pessoas, o convívio se torna melhor, porque aprendemos a respeitar o espaço delas.
Você pode até entender, mas compreender vai além. Lembre-se que escutar facilita um diálogo mais produtivo. Então quando alguém estiver falando não interrompa, saiba aguardar a hora de falar sem ficar impedindo o outro tentando enfatizar o seu ponto de vista. A compreensão é a chave de tudo, antes de julgar procure compreender.
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