Esses dias eu estava conversando com uma mulher que já havia feito quatro cirurgias no olho esquerdo, porém, o problema não tinha sido solucionado. Ela me olhou e disse: “cada um tem uma cruz para carregar”. Concordei e rapidamente falei do fato de algumas “cruzes” serem leves e outras extremamente pesadas. Diante disso, fiz uma reflexão sobre atitudes que praticamos, como por exemplo “julgar” os outros, afinal de contas carregamos preconceitos. É aquela velha história que todo o ser humano tem o lado bom e o mau, enquanto um dorme, o outro desperta.
Somente aquele que sente as dores do corpo e da alma sabe o peso da sua “cruz”, os demais fazem suposições, podem até buscar se colocar no lugar, porém o sofrimento não será o mesmo. Por isso não devemos julgar, não cabe a nós.
No caso da mulher que me contou a sua história, a “cruz” estava no olhar, mas existem vários tipos de “cruzes”, como as que possuem diversas formas de preconceitos esculpidas na hostilidade, dando voz ao ódio no coração daqueles que proferem palavras que são como um punhal cravado no peito de quem as recebe. Outro exemplo, é quando uma doença chega e se torna uma “cruz” pesada, na qual o corpo começa a reunir forças para sobreviver.
Algumas pessoas, além de carregarem as suas “cruzes”, ainda emprestam ombros para os amigos e familiares buscando abraçar o mundo, tornando o fardo do outro mais leve. A verdade é que o sofrimento faz parte da nossa existência, todos em algum momento da vida vão se deparar com a tal “cruz”, ela traz aprendizados, mas também deixa cicatrizes profundas.
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