A fotografia eterniza as pessoas, congela o tempo fazendo com que memórias sejam revisitadas todas as vezes que olhamos para os retratos. Desperta um misto de sentimentos capazes de nos transportar para o momento exato em que a imagem foi capturada. Além disso, elas têm um papel importante, guardam as nossas histórias, conquistas, até mesmo os sofrimentos que a janela dos olhos, mesmo teimando em fugir do foco não consegue esconder.
Em preto e branco ou coloridas retratam as nossas vidas, nos fazem voltar ao passado no momento em que encaramos profundamente os olhos dos nossos avós, bisavós, familiares que já cruzaram a fronteira que separa a vida da morte. É nessas horas que a fotografia acende a chama da saudade, embora de alguma forma nos mantenha conectados com aqueles que amamos. É o que fica depois que a gente vai embora.
Registram trajetórias, fases da vida, mesmo que a memória falhe, sabemos onde procurar. Seja num álbum, arquivo, ou até mesmo nas famosas caixas que guardam o tesouro das lembranças. Amenizam a saudade que os olhos do pensamento não conseguem projetar, o retrato detalha os traços da aparência, traz para perto os que estão distantes.
A fotografia é como um lugar para recordar, nos faz reviver momentos que com o passar do tempo vão ficando esquecidos nas gavetas da memória. Acende as brasas dos sentimentos mais profundos. Ao apagar uma foto para liberarmos espaço é como se estivéssemos excluindo uma parte de nós, não é a memória do celular que fica vazia, é a nossa. Os momentos passam, a vida, um dia, chega ao fim, mas a fotografia permanece.
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