Se cair, levante! É muito fácil dizer isso ou até mesmo aconselhar, o difícil é sentir na pele o que o outro sente. Existem rasteiras que colocam o ser humano no chão de forma devastadora. Quem beija a superfície conhece o gosto amargo de não saber para onde correr como se num passe de mágica as portas fossem fechadas, deixando apenas duas opções: aceitar a situação ou sair dela.
Vai ficar rastejando ou cavando um buraco profundo, que talvez não tenha saída? Não! A regra é encarar o chão como se ele fosse um espelho no qual o filme da vida vai passando, ali aparecerão trechos de batalhas, tanto as vencidas quanto as perdidas, gatilhos que são combustíveis para alma e que têm o poder de resgatar a coragem que por algum motivo se mantém calada. Somente nós podemos guiar as rédeas do destino e ir soltando ou segurando conforme a habilidade for surgindo, nos trazendo a sensação de segurança, fazendo com que o medo dispare para longe.
Quando estiver no chão jamais esqueça de olhar para o céu e de alguma forma pegar impulso para chegar nas alturas, porém quando estiver lá em cima, não vire as costas, olhe para baixo, sinta orgulho por ter tido a coragem de escalar. O chão é um aprendizado, não é vergonhoso saber que um dia esteve lá, afinal de contas, em algum momento da vida todos caímos, e somente nós podemos escolher definhar ou se fortalecer.
Se os planos não deram certo, ok. Nem tudo sai como planejamos, talvez não seja a hora certa. Na ânsia de viver acabamos antecipando as coisas e isso pode ser um erro. Tudo no seu tempo. Começar de novo é necessário e iremos fazer isso diversas vezes durante a nossa caminhada, o que não podemos é ficar no chão, esta não é uma opção. É da distância do chão até o céu que descobrimos o quanto somos capazes e corajosos.
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