Não é o ponto de partida ou o de chegada que fazem a diferença, mas sim o percurso, é ele que nos ensina. É durante o trajeto que caímos e levantamos, que tomamos decisões para resolver os problemas, que planejamos como vamos alcançar determinados objetivos e estudamos a melhor forma de chegar até eles. Todo início pode causar insegurança, afinal de contas não conhecemos a estrada, não sabemos o que nos espera, mas depois que começamos vamos criando coragem para prosseguir, embora o medo se faça presente, e isso é normal. Já a chegada é diferente, mesmo que tenha sido aos trancos e barrancos, ao olhar para o caminho somos tomados por uma felicidade ressaltando que todo o esforço valeu a pena.
O segredo está no percurso. Travessias nem sempre são fáceis, quando menos esperamos caímos em armadilhas, nos vemos sozinhos e pequenos diante da grandeza de algo que tem como missão impedir que prossigamos com a nossa caminhada. É nessas horas que precisamos agir, afogando as fraquezas, lutando para sair da lama antes de sermos engolidos por ela. A vida, muitas vezes, é cruel com os seus protagonistas, somos testados o tempo inteiro, é como se estivéssemos jogando videogame, buscando passar de fase em meio às armadilhas. Recomeçamos diversas vezes e seguimos no jogo.
Algumas trajetórias são tão sofridas. Até alcançar o sucesso as pessoas comem pó na estrada. Durante a caminhada percebemos que já não somos os mesmos, passamos por metamorfoses necessárias e fundamentais para o nosso processo evolutivo. Chegamos totalmente diferentes de quando começamos e isso é bom. O fracasso também nos ensina e nos prepara para a vitória. O mais importante de tudo são os aprendizados, a sensação de dever cumprido, de ter chegado em algum lugar. As transformações pelas quais passamos nos fazem compreender o próprio ser, cada percurso que habita dentro de nós, um mapa que aprendemos a desbravar e que nos torna seres humanos melhores e preparados para qualquer desafio imposto pela vida.
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