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O mês da solidariedade

Foto do escritor: Romila AmaralRomila Amaral


Todos os meses deveriam ser como dezembro. Os dias que antecedem o Natal despertam nos seres humanos um sentimento de solidariedade, de praticar o bem. É muito linda a forma como as pessoas se sentem tocadas e presenteiam aqueles que mais precisam. O fato é que a chama da generosidade deveria se manter acesa sempre. Não precisamos esperar chegar o Natal para ajudar as pessoas, muitas passam por dificuldades o ano inteiro.


É bonito estender a mão e ajudar, buscando fazer a diferença na vida de alguém, não para posar para fotos expondo aquele que se encontra em uma situação difícil, depois virar as costas e achar que fez um gesto que valeu pelo ano inteiro. Se abrirmos a janela dos olhos dispostos a enxergar tudo, vamos ver cenas adoráveis, mas também injustiças, a fome escancarada na face de muitos, o desejo de ter uma boneca, ou uma cama, ou até mesmo o de matar a sede.


Não precisamos esconder as nossas mãos durante o ano e entendê-las somente em dezembro. Não existe uma data certa para ser solidário, para arrancar sorrisos com facilidade, para colocar em prática a bondade que é tão rara hoje em dia. As pessoas não sentem fome só no Natal, que é a época na qual se vendem inúmeras cestas básicas. Eu admiro aqueles que ajudam em silêncio, que não gritam a sua generosidade. A humanidade está nas ações que saem de um coração e vão de encontro ao outro.


Todos os meses deveriam ser como dezembro. Abraçar a alma de alguém através de um gesto tão simples, é causar, de alguma forma, uma modificação na vida daquele que está sendo abraçado. A solidariedade é como uma corrente, é necessário fortalecê-la para que se mantenha firme. Não espere o Natal chegar para estender a mão, faça isso durante o ano, transforme vidas. Não precisa de muito para fazer a diferença, basta agir com humanidade.

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