Como é difícil a partida de alguém querido tão prematuramente. Por que agora? Por que tão cedo? Poxa, a vida é mesmo um sopro e nos prega cada peça. Surpresas imprevisíveis do destino que nos tiram o chão e nos deixam sem palavras. Os sonhos foram simplesmente arrancados. Foram fechadas as cortinas antes mesmo do espetáculo acabar. Foi colocado um ponto final no lugar de uma vírgula.
O que fica depois? Um vazio imenso nos corações. Uma dor que nunca acaba. Um buraco que não pode ser preenchido. Uma cadeira vazia na mesa. A espera por um retorno que não vai mais acontecer. É sentir saudade e não poder sanar. É derramar lágrimas quando o peito aperta. Uma ferida que não pode cicatrizar. Com o luto a vida continua. Mas não é mais a mesma. O luto é uma batalha a ser vencida todos os dias. Não é sobre esquecer ou apagar da memória quem partiu, mas ressignificar a relação que temos. É transformar a ausência na presença de memórias boas que tivemos juntos. É transformar o luto em luta. E lutar. Recomeçar mesmo faltando uma parte nossa.
A saudade não tem dia nem hora certa pra chegar. Ela nos acompanha direto, na verdade. Ela é presença constante e faz parte desse processo de ressignificação. Dizem que a saudade é o amor de quem não pode ficar. É a expressão verdadeira de que o amor permanece mesmo quando alguém vai embora. É uma melodia silenciosa. É a certeza de que vivemos bons momentos juntos. É a mistura de uma dorzinha no peito com o lembrete de como são preciosas as experiências que vivenciamos.
O nosso maior desejo é de que as pessoas especiais vivessem para sempre. Não queremos que elas partissem e fossem embora, mas como isso não é possível e elas se vão, a melhor forma delas continuarem vivas é dentro da gente. No nosso coração. Nas nossas recordações. Nas nossas memórias. Elas sempre farão parte das nossas vidas nas grandes e pequenas lembranças. Certa vez, li que “o luto é o amor que se recusa a morrer”. E é esse amor que vai ser sempre o principal motivo para continuar. O que vai nos confortar. O que nos dará a esperança do reencontro. O que nos dará forças para viver intensamente. Por você, por quem partiu e por quem ficou.
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