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Coluna de Sexta - 19/08/2022: Quanto mais você é, menos precisa provar

Foto do escritor: Gustavo Tamagno MartinsGustavo Tamagno Martins

Ilustração: Pascal Campion

As pessoas que mais admiro e que me servem como inspiração possuem currículos extensos, experiências diversas e muita sabedoria. No entanto, elas têm outra característica em comum: são discretas quanto a isso. Elas não querem (e nem precisam) ficar divulgando e relembrando todos os seus títulos, cursos e condecorações. É doutor, mas segue com a simplicidade de quando ainda não tinha completado o Ensino Fundamental. Possui um cargo elevado, mas não faz questão de ficar mostrando isso para todo mundo. Fez trocentas especializações, mas continua com a mesma humildade de quando nem sabia qual profissão iria escolher. Hoje ensina, mas jamais deixou de ser um aprendiz. E é justamente por isso que essas pessoas se tornam admiráveis.


A pior coisa de se ouvir sobre uma pessoa é: “o sucesso/a fama/o poder subiu à cabeça”. Muitos se tornam reclusos em sua própria arrogância e ego inflado. Muitos colocam o “eu” acima de tudo. “Porque eu faço e aconteço… porque eu isso e aquilo”. Os sábios não precisam se gabar para mostrar a que vieram. Os sábios não precisam de apresentações de suas qualificações e habilidades, eles mostram fazendo. Enquanto os tolos falam, os sábios calam.


Fui ensinado que as nossas conquistas devem ser obtidas mediante o nosso esforço, dedicação, trabalho, estudo e caráter. Não é puxando o saco do chefe, agindo com má-fé ou trazendo a público todos os diplomas que eu tenho. Sou um bom profissional? Vou mostrar isso ao fazer o meu trabalho corretamente. Tenho caráter? Vou demonstrar com os meus comportamentos. Sou uma boa pessoa? Vou ensinar sendo. Quanto mais você é, menos precisa provar.

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