Para tudo! Vou iniciar com uma notícia impressionante. Aconselho a você se sentar para não cair. Pasmem, faltam menos de três meses para o ano acabar. Dizem que depois que passa agosto o final do ano chega em um piscar de olhos. Então o ano todo foi agosto. Percebo que os dias têm cada vez menos horas e nós, meros passageiros desse trem da vida, temos cada vez mais tarefas para fazer. O dia termina e a checklist de compromissos não. Andamos apressados e ainda assim não é suficiente para deixarmos tudo em dia. Sempre tem uma pendência nos esperando, não importa se é madrugada e acordamos apenas para ir ao banheiro.
Em uma conversa com minha amiga (mais um daqueles papos profundos que temos, mesmo morando longe), ela confessou que o ano não terminou ainda, mas pode afirmar que foi o ano que mais mudanças aconteceram em sua vida. “Tô aprendendo tanto a confiar em Deus. Entendi que realmente é tudo no seu tempo e que tudo acontece como realmente tem que acontecer”, disse. Pensando bem, faço as palavras dela as minhas. Esse é um dos anos mais difíceis e desafiadores da minha vida, mas também um dos que mais aprendi e fiz coisas novas.
A nossa ansiedade e autocobrança insistem em querer nos fragilizar, mas a gente vai amadurecendo e compreendendo que pouquíssima coisa está, de fato, sob nosso controle. A gente aprende a confiar na marra. E entende que pode - e precisa - mudar. E mudar também quer dizer sobre pensarmos mais em nós mesmos e no que realmente nos faz bem. Na medida que amadurecemos nos tornamos mais seletivos. Com relações, afetos e com o que merecemos aceitar. Tudo que tira a nossa paz custa caro. Tudo que nos faz perder a nossa essência é pesado. A mudança que tanto queremos ver no mundo precisa começar por nós mesmos. Quando temos equilíbrio interno, não entramos em colapso quando as pessoas tentam tirar a nossa paciência.
A mudança possibilita um novo “eu” a cada dia, mas também exige renúncias, dedicação e resiliência. O processo de transformação é doloroso e solitário, assim como a metamorfose das borboletas. E nem todos estão dispostos a pagar pelo preço de abandonar a sua antiga versão. Resumindo em uma frase que li por aí: “é tanta gente querendo mudança, mas poucas dispostas a pagar o frete”. A mudança é uma oportunidade para recomeçarmos, nos reinventarmos e buscarmos outros caminhos. E quando começamos mudando a nós mesmos, já transformamos o ambiente por onde passamos. E isso já é uma grande coisa. Depois que voa, a borboleta jamais volta a rastejar. Quer mudança? Pague o frete!
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