Peço licença para utilizar o nome de um dos meus filmes/livros preferidos. É que achei uma produção tão boa quanto “Extraordinário”. E não à toa também leva o adjetivo em seu título. Nas últimas semanas tenho assistido a série sul-coreana “Uma advogada extraordinária”, que tem me tocado bastante. Ela é uma mistura de drama, romance e comédia. Em cada episódio, a gente pode acompanhar o dia a dia de Woo Young-woo, uma jovem advogada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que começa a trabalhar em um grande escritório de advocacia.
Longe de ser apenas um clichê de Hollywood sobre o tema, a produção se mostra bem profunda ao explorar a imaginação da personagem principal e nos ensinar mais sobre a necessidade de respeitar e compreender os autistas. E mais do que isso, lutar pela inclusão deles em todos os ambientes, principalmente, o de trabalho, como é evidenciado na série.
Sem querer dar muitos spoilers, ao assistir, passamos a admirar a mulher brilhante que é Woo. Uma jovem com uma memória impressionante, um QI de dar inveja e uma obsessão por baleias. Em vários momentos, podemos perceber os fatos do seu ponto de vista, o que nos faz ter ainda mais empatia e carinho por ela. Para quem o autismo for algo novo, essa produção oriental serve como uma aula.
E logicamente, a série é extraordinária pois não se resume apenas à condição da personagem. Ao mesmo tempo em que trata sobre casos jurídicos com temas pesados, o drama se torna leve e prende - muito - a atenção do público. As cenas nos arrancam boas risadas, fazem escorrer lágrimas pelo rosto e nos deixam pensativos se realmente estamos sendo inclusivos e respeitosos com os autistas. A cada episódio, a gente sai com um “gostinho de quero mais”. Não é por acaso que permaneceu em primeiro lugar na lista das séries mais assistidas por semanas. Fica a dica!
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