Basta rolarmos o feed do Instagram para percebermos que a vida do outro parece ser bem mais atrativa do que a nossa. O fulano consegue ler dois livros por dia. O sicrano consegue malhar diariamente e ainda preparar todas as marmitas da semana. O beltrano consegue maratonar todas as séries que as plataformas de streaming lançam. Como assim as pessoas conseguem fazer tudo isso? Poxa, que vida perfeita!
Na internet, a grama do vizinho parece ser sempre mais verde do que a nossa, mas esquecemos que as redes sociais são só a ponta do iceberg. A gente compara a nossa vida baseados no que a gente vê nos stories alheios e não se lembra que ali se mostra apenas um recorte da vida real. Achamos que todo mundo tem uma vida perfeita, menos a gente. Justamente porque é trazido a público apenas uma parte do que realmente acontece.
Todo mundo posta a foto do prato chique, mas ninguém mostra a discussão que os namorados tiveram no caminho do restaurante. Todo mundo publica a foto abraçado no filho, mas ninguém revela que nem ajuda ele a fazer os temas de casa. Todo mundo divulga a foto dos cinco minutinhos que teve sol na praia, mas ninguém conta que os outros dias que ficou por lá foram bem chuvosos. Ninguém publica o boleto que venceu e esqueceu de pagar. Sem falar nos filtros que deixam algumas pessoas até irreconhecíveis quando precisamos encontrá-las pessoalmente.
As redes sociais se tornaram um desfile de quem ostenta melhor a sua “vida perfeita”, que nem sequer existe. O número de curtidas não revela o nosso valor. Que a gente aprenda a não se comparar e julgar a realidade do outro pelo que vemos nas redes sociais. A vida dos outros não é tão perfeita assim e a nossa não é tão péssima como pensamos. Ser feliz não tem nada a ver com ter uma vida perfeita, mas sim no reconhecer a beleza das imperfeições e o valor dos desafios.
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